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O tédio e o ócio criativo

As últimas duas semanas com feriados em dias estratégicos para emendar um feriadão, permitiram um gostinho do que é a vida em um ritmo menos acelerado – uma pausa quase obrigatória na ânsia de produtividade.

O tédio é uma ótima maneira para surgirem novas ideias, soluções e criações. Acredito que o ócio criativo vem da inquietude que o tédio causa – talvez um problema moderno de não saber apenas existir, sem fazer nada.

Tempo este cada vez mais raro, já nos é tomado com estratégias terríveis de dopamina, doom scrool e conteúdo infinito. Vendemos nosso tédio para consumir publicidade em tempo de tela.

Mas esta inquietude do tédio pode ser uma força para o processo criativo – sem ser necessariamente captado para a produção (de trabalho, dinheiro, retorno, capital) e sim criação nas artes – sentei para escrever num domingo a noite e nos últimos dias sinto u comichão para voltar a fotografar toda vez que saio caminhar.

Usar o tédio conscientemente como ferramenta de produção – mesmo que artística – não seria o cúmulo da captação dos nossos sentimentos pela própria ânsia de produtividade?

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