Segunda cedo peguei a motoneta e rodei 900 e alguns kilometros pra ver meu amigo Mitrut lá em Cascavel.
Na terça segui pra Foz do Iguaçu e fui pro Paraguai olhar umas coisinhas. Tem várias coisinhas no Paraguai.
Na quarta resolvi que eu ia pra terrinha, lá no RS, pela Argentina que seria mais curto que fazer o percurso pelo Brasil e teria o bônus de passar por um país que não conheço.
Era quase meio dia quando fomos eu e minha motoneta rumo a Argentina. Sabia que teria que tirar a “carta verde”, um seguro obrigatório pra rodar nos países do Mercosul. Foram 80 reais, fiz logo antes da aduana brasileira. Oitenta pilhas mas tudo bem, conhecer a Argentina né, almoçar um churrasco e quem sabe até comprar uns vinhos. Paguei e segui viagem.
Cruzei a fronteira pela ponte, e me deparei com o maior engarrafamento logo depois. Uma imensidão de carros. Levou quase duas horas pra chegar perto da aduana Argentina.
A moto super-aqueceu pois deixei ela ligada e parada na fila – quando desliguei ela só sinalizava o super-aquecimento no painel e não ligava mais.
Fui empurrando ela na esperança de que até chegar minha vez ela resfriasse. Ela só voltou a marcar a temperatura no display quando chegou a 50 graus, e isso foi uns 10 minutos depois que desliguei.
Mas quem liga, vamos conhecer a Argentina né.
Chegou minha vez, depois de suar muito no sol com minhas armaduras de motoqueiro e empurrando a motoneta, lá estava eu falando Hola que tal com interrogação antes e depois da frase.
E vocês sabiam que CNH não é RG e sem RG ou passaporte não se entra na Argentina?
Voltei, empurrando a motoneta.