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Mas esse não é aquele lá, é?

Tem uma quitanda de uma família oriental aqui no bairo. Atenciosos, produtos frescos. Boa para fazer compras, apesar de um pouco mais caro que mercado grande (além de fortalecer o comércio dos irmão).

Eu ia toda a semana lá comprar legumes e ovos pois minha academia era quase ao lado. Uma época que ia com a Bia, pois estávamos treinando no mesmo horário.

Quando troquei de academia, parei de comprar lá com tanta frequência. Isso tudo faz uns 3 anos.

A Bia ainda treinava lá perto e continuou indo mais regularmente e a senhorinha que sempre me atendia já tinha perguntado pra ela sobre eu não aparecer mais lá – Bia explicou da troca de academia.

Hoje eu e Bia fomos comprar legumes e a senhorinha estava lá – já não a via a mais de ano, todas as últimas vezes que fui na quitanda era o marido que estava trabalhando.

Fizemos nossas compras e fui para o caixa enquanto a Bia ainda escolhia o último legume. Comecei a passar e pesar os produtos com a senhora e quando a Bia chegou foi prontamente reconhecida.

A senhora olhou pra mim, olhou pra Bia, e na maior curiosidade e intrometimento na vida alheia, sem nenhum pudor, se virou pra Bia e perguntou:

– Mas esse não é aquele lá, é? – e voltou se virar pra mim.

– Sou sim. Bom, eu espero que seja.

Velha cagueta!

foto meramente ilustrativa
da Chiyo Miyako (RIP)

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